Os reflexos do adeus de Oprah

Rainha da televisão norte-americana do período diurno sai do ar em 2011, o que levanta algumas questões sobre a mídia daquele país

O anúncio de Oprah Winfrey de que deixará o ar dentro de dois anos, após 25 anos de domínio da televisão diurna nos Estados Unidos com o seu "The Oprah Winfrey Show", surpreendeu o país e levantou algumas questões.

A primeira delas é quem será o substituto em seu horário nas mais de 200 emissoras em todo o país, além dos outros 140 países em que ele é transmitido (inclusive o Brasil, onde o programa é atração da GNT).

O New York Times está apostando em três nomes, citando executivos do mercado de televisão: Ellen DeGeneres, Dr. Mehmet Oz e Phil McGraw, que deverão ser os maiores beneficiados da saída de Oprah.

O The Ellen DeGeneres Show, que é licenciado para estação da NBC até 2011, deverá ter aumento de audiência com a decisão, embora uma fonte do NYT ressalte que ela é mais voltada para entretenimento e Oprah mais para informação. O jornal especula que Ellen tem sido considerada a substituta natural de Oprah, já que, por exemplo, ambas apareceram na capa da The Oprah Magazine de novembro.

O The Dr. Oz Show, também transmitido pela CBS, também se beneficiará na audiência, assim como talk shows com audiências menores, como Martha Stewart, Tyra Banks e Bonnie Hunt.

De qualquer forma, os talk shows sofrerão mais um grande baque em sua estrutura, o que poderá modificar a maneira como eles são tradicionalmente encarados pelas redes. A NBC, por exemplo, buscou uma solução alternativa e colocou o talk show de Jay Leno no horário nobre, o que significa uma mudança radical para um horário mais acostumado com séries.

A segunda questão que precisa ser respondida: para onde Oprah irá? O mais provável, de acordo com as especulações da mídia norte-americana, é que ela seja uma das estrelas da programação da rede de TV por assinatura Oprah Winfrey Network (OWN), que atingiria até 70 milhões de lares nos Estados Unidos. Trata-se de uma parceria com a Discovery, anunciada na primeira quinzena de novembro.

De qualquer forma, sua movimentação não deixa de ser um indicativo do fortalecimento da TV por assinatura nos Estados Unidos durante a crise financeira. Foi a única mídia que não teve queda de faturamento no primeiro semestre, ficando à frente inclusive da publicidade online.

Oprah, por sua vez, disse que o fim do programa se deve ao fato de que ela "ama muito" o Oprah Winfrey Show, "a ponto de saber quando é hora de dizer adeus".










Fonte: Meio e Mensagem

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