É duro admitir, mas uma sociedade em transformação como a nossa ainda não superou o preconceito de que a pessoa que envelhece torna-se, automaticamente, incapaz. Visão ultrapassada que não reflete a realidade. Em 2000, os mais velhos já representavam 62,4% dos domicílios brasileiros, e 54,5% dos idosos chefes de família viviam com seus filhos e os sustentavam. Dados como esses mostram sua força na economia e mais: as pessoas dependem deles. O perfil espirituoso desses jovens velhinhos indica uma vocação acima da média para o consumo. A maturidade e a estabilidade econômica fazem deles pragmáticos na escolha, optando sempre por produtos de qualidade.
Na era da segmentação e das redes sociais fragmentadas, a Terceira Idade é um exemplo evidente do surgimento de novas sociedades de consumo. Movimento que está promovendo profunda alteração no processo de desenvolvimento de novos produtos. Nós, profissionais de comunicação, temos que parar de pensar coletivamente, aguçar a percepção do mundo e abusar do uso de ferramentas de pesquisa para captar, em detalhes, os anseios e necessidades de públicos específicos.