Odebrecht avança em energia e habitação

Com crescimento acima do previsto no ano de crise, a Odebrecht está mais do que otimista para os negócios no ano que vem. Eleita entre a mais admirada do País pelos leitores do DCI no setor de Engenharia e Construção, está de olho nos bilhões previstos para os grandes projetos de infraestrutura, industrial e energia no País. Entre os destaques, está a licitação para a Usina de Belo Monte, o projeto Cidade da Copa, que prevê estruturar Recife entre as cidades-sede da Copa do Mundo, e os investimentos em habitação previstos pelo programa "Minha Casa, Minha Vida", do governo federal, do Trem de Alta Velocidade, além de obras para as áreas de petróleo e saneamento.

Os projetos que a empresa visualiza participar preveem investimentos de R$ 64 bilhões. Como a empresa geralmente atua por meio de consórcios, deve arcar com parte deste valor. Atualmente, a empresa desenvolve 39 projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e tem 28 mil unidades habitacionais em obras no País. Em 2008, seu faturamento foi de US$ 17 bilhões. Em entrevista exclusiva ao DCI, Benedicto Barbosa da Silva Junior, presidente da Odebrecht Infraestrutura, mostrou-se otimista com os negócios no ano que vem. "Será um novo ano de crescimento em todos os setores da construção em que atuamos: infraestrutura, industrial e energia. Certamente, será melhor que 2009", declarou o executivo.

Segundo o empresário, o momento de crise fez a empresa avaliar oportunidades futuras para o período de recuperação da economia. Em 2009, a empresa ampliou sua atuação no setor elétrico, em bioenergia e no imobiliário residencial. "Como de fato, os impactos da crise não se configuraram da forma esperada e a Odebrecht já estava se ajustando para crescer, aproveitamos a onda e estamos crescendo acima do previsto", afirmou.

A Usina de Santo Antônio já representa 52% dos investimentos da empresa na área de infraestrutura, administrados pela Odebrecht Investimentos em Infraestruturas (OII). A divisão totaliza 13 sociedades de propósitos específicos, responsáveis por investimentos da ordem de R$ 26 bilhões. A empresa também atua em bioenergia, por meio da ETH, que este ano inaugurou três usinas em São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul.

Projetos
Se por um lado a aquisição da Tenda pela Gafisa encerrou, no início do ano, a parceria mantida com a Odebrecht na Bairro Novo, por outro, ampliou o foco da empresa para investir mais no segmento de habitações populares, que ganhou impulso este ano com o projeto "Minha Casa, Minha Vida", do governo federal. Após a cisão, o grupo manteve a empresa como uma marca de sua subsidiária Odebrecht Realizações Imobiliárias, voltada ao público com poder aquisitivo de zero a três salários mínimos, e fechará o ano com 22 mil unidades contratadas.

A empresa está de olho nas licitações para novos projetos e este ano firmou a primeira parceria público-privada (PPP) habitacional do País, no empreendimento Jardins Mangueiral, em Brasília. Com lançamentos previstos para Camaçari, Porto Velho e Fortaleza, na área privada, e em Blumenau, Salvador, Campinas, Queimados, São Gonçalo, para o programa do governo, aguarda resultados duas concorrências em Pernambuco e São Paulo.

Para a Copa do Mundo, a empresa investirá R$ 1,6 bilhão, por meio de PPP com a ISG Brasil Empreendimentos, para construir a Cidade da Copa, em Recife, que prevê estádio, estacionamento e um conjunto residencial.

Fonte: DCI e ADEMI-RJ

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