Imóveis usados estão até 30% mais caros em Salvador


A classe média procura imóveis entre R$ 100 mil e R$ 200 mil
Os lançamentos imobiliários que aqueceram o mercado de imóveis novos em Salvador provocaram reflexos no mercado dos usados também. Facilidade de acesso ao crédito, maior prazo de pagamento e juros menores permitiram o acesso de uma parcela da população ao mercado, antes dominado por empreendimentos de alto-padrão.

A alta demanda, segundo o Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci), provocou nos últimos dois anos a valorização de 30% em média dos imóveis usados na cidade, percentual que pode ser ainda maior em alguns bairros.
O presidente do Sindicato da Habitação (Secovi), Sérgio Sampaio, diz que a facilidade de acesso ao crédito favoreceu especialmente a classe média, pessoas que procuram imóveis entre R$ 100 mil e R$ 200 mil. “Tem muita gente que comprou imóveis novos e pretende se desfazer do antigo, enquanto para outras pessoas, estes imóveis são uma opção mais barata, confortável e viável”, explica.

O segundo-vice-presidente do Creci, José Alberto Oliveira, explica que os imóveis usados vêm sendo procurados especialmente por quem não tem condições de pagar a prestação da poupança prévia e o aluguel ao mesmo tempo. “Antes, as pessoas tinham acesso a um crédito menor, porque os juros elevavam o valor das prestações. Com isso, o imóvel que o trabalhador tinha condições de pagar não era aquele onde ele gostaria de morar. Hoje, a pessoa tem um maior poder de compra e encontra nos usados a melhor opção”, disse.
Do início do ano até agora, a Caixa emitiu R$ 178 milhões em cartas de crédito só para a capital baiana. Cerca de 80% destes empréstimos foram em cartas de crédito de até R$ 130 mil. “Esta é a faixa de renda onde se concentra o maior déficit habitacional”, comentou Prata.

Fonte: atarde.com

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