Central no MaxiMídia

No primeiro dia de evento podemos apenas assistir à primeira palestra: "O Valor da Idéia num mundo enlouquecido pela concorrência" com Roberto Justos como moderador e André Laurentino (Lew´Lara/TBWA), Maxi Anselmo (Santo (ARG)) e Sérgio Valente (DM9DDB) como palestrantes.

Maxi Anselmo, de maneira polêmica, sugeriu que as agências cobrassem por idéias, ao invés de por campanha, por fee mensal, bonificação em veiculação, etc. Assim, nós pubicitários nos concentraríamos mais na criatividade já que ganharíamos de acordo com a qualidade do serviço prestado.

André Laurentino da Lew'Lara falou do poder das idéias na conquista do público. Matendo na tecla de sempre: sejamos criativos, façamos diferentes.

Na mesma linha foi a fala de Sérgio Valente da DM9DDB, defendendo com unhas de dentes o poder da idéias que muitas vezes é genial, mas não muito bem realizada.

De diferente, diferente mesmo foi a fala de Anselmo, mas sempre é bom relembrar que fugir do senso comum é o melhor caminho.


A seguir, a opinião de Renata Prado do Grupo de Mídia de Goiânia.

“O valor da idéia num mundo enlouquecido pela concorrência”

De longe, a melhor palestra. O moderador Roberto Justus (suspiro) soube construir um diálogo inteligente com os palestrantes, e soube, com discrição, tirar sarro do palestrante hermano. Este por sinal, se desviou um pouco do que eu imagino que era o foco, ao tratar do valor da idéia como sendo algo monetário mesmo, em termos de remuneração da agência. Mas a sua fala não deixou de dar nós nas minhas entranhas quando ele disse que deveríamos cobrar por idéias, e não por fee, por exemplo. Outro palestrante discordou disso, ao afirmar ter medo do que poderia gerar a valoração de cada idéia. Mas pense bem, não precisa ser a idéia em si. Poderia ser uma remuneração por job. Com certeza, muitos dos publicitários locais (eu inclusa) estariam escrevendo bem menos emails insatisfeitos ao Brifa que eu gosto.

Mas esse não é o caso, e nem o foco. Os outros dois palestrantes falaram da idéia criativamente, e um deles citou algo muito interessante, e que tem a ver com a tão aclamada interação e proatividade do consumidor hoje: a propaganda não tem que ser algo que interfira e atrapalhe o que o consumidor está fazendo, ela tem que ser O QUE o consumidor está fazendo. E foi citado um case do Dia Mundial sem carro, em que foi desenvolvida uma ação para uma marca de veículos. A agência tem que aprender a gerar mais buzz com menos mídia.

E aí é que o papel do profissional de mídia se moderniza, e se funde com outras áreas, como a promoção, o below the line, o no media, porém não perde a sua identidade. A palestra, que pra mim foi pouco atrativa no nome, surpreendeu, e mostrou que os nossos profissionais não devem em nada, para os profissionais estrangeiros.

Fonte:
Blog Grupe de Mídia de Goiás

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