Cannes punirá pessoas envolvidas em fantasmas

O Festival de Cannes divulgou um comunicado no qual quis "deixar claro sua política sobre inscrições no Festival". Embora considere que "há muitas definições para "peças fantasmas", e que a questão raramente é de sim ou não", o Festival informou que pode banir indivíduos envolvidos nas inscrições de peças que não atendam aos critérios, que são, basicamente, aprovação e pagamento por parte do cliente, veiculação em espaço pago também pelo cliente, necessidade de aprovação das inscrições pelos clientes e exibição dos detalhes do anunciante, incluindo contato, nome e cargo.

"Se uma inscrição não atender aos critérios (NR: desde que seja comprovado), o prêmio será retirado e o fato será anunciado de maneira apropriada. E se nós entendermos que for necessário, iremos banir as pessoas envolvidas nas inscrições por um período de tempo que será decidido na ocasião", afirmou o texto. A duração e natureza do banimento serão decididas com base na seriedade do caso.

A medida no entanto não atingirá todos os creditados na ficha técnica. "Acreditamos que banir agências de inscrição em "escala de atacado" é injusto com indivíduos que não têm culpa. Há muitas pessoas nas agências que podem não estar envolvidas com uma inscrição errada, e que não devem ser penalizadas".

Cannes mantém ainda a política de retirar prêmios para peças que não satisfaçam os critérios de inscrição, além de solicitar mais informações sobre as peças que forem colocadas em xeque pelo júri. E reafirmou a checagem que faz, para saber se o cliente é legítimo e se o produto pertence ao portfólio.

Os outros
Ainda na carona da polêmica da peça "Tsunami", da DM9DDB para o WWF, o Festival do Art Directors Club anunciou em Nova York medidas contra fantasmas para o seu Annual Awards. Se algum deles for descoberto, agência e cliente serão desqualificados e a organização comunicará o fato a outros festivais. E o ADC sugeriu que as peças não aprovadas ou não veiculadas sejam inscritas na categoria chamada de Playground, criada há quatro anos e voltada justamente para este tipo de trabalho.

Há poucas semanas, o D&AD anunciou que os diretores de criação precisarão validar todas as peças, e que se um fantasma for descoberto, a organização poderá suspender os envolvidos daquela edição e da do ano seguinte. O One Show foi o mais rigoroso, oferecendo punição de cinco anos para agência e profissionais envolvidos. Ambos não são festivais comerciais.

Fonte: Meio e Mensagem

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