Limite maior de financiamento no ‘Minha casa, minha vida’

O valor máximo dos imóveis comprados por meio do programa “Minha casa, minha vida” será ampliado para determinados municípios. A medida foi anunciada dia 13, numa reunião extraordinária do Conselho Curador do FGTS. Para todas as capitais e cidades com mais de um milhão de habitantes, o teto sobe de R$ 100 mil para R$ 130 mil.
Também houve alteração para municípios entre 250 mil e 500 mil habitantes. Nesses casos, o limite vai de R$ 80 mil para R$ 100 mil. Até agora, o teto de imóveis de R$ 130 mil abrangia apenas as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Brasília.
As mudanças valerão a partir do momento em que forem publicadas no Diário Oficial da União, o que poderá ocorrer hoje ou na segunda-feira. A exceção é o aumento para todas as capitais, que somente entrará em vigor em janeiro de 2010.
Segundo o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, vários argumentos foram analisados pelo Conselho.
“Um dos motivos é que nas grandes cidades os imóveis são mais caros”, explicou.
MENOS EMPRÉSTIMOS - O Ministério do Trabalho garante que as alterações não vão aumentar o desem¬bolso de R$ 17,1 bilhões do FGTS para o programa. Todas serão feitas com base no mesmo montante de recursos destinados pelo Orçamento deste ano. Com isso, haverá menos empréstimos.
As medidas foram recebidas com críticas. O consultor da Comissão de Orçamento do Congresso Nacional, Leonardo Rolim, disse que a classe média está sendo beneficiada em detrimento dos pobres.
“É pleito das empreiteiras. A construção civil prefere construir para a classe média, porque seus rendimentos são maiores. Vai na contramão do objetivo de reduzir o déficit habitacional de sete milhões de residências, em sua grande maioria, entre os trabalhadores que ganham até três salários mínimos (R$ 1.395).”


Fonte: Zap Imóveis e Jornal Extra

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