Super Casas Bahia abre suas portas

Ao meio-dia de sexta-feira, 4 de dezembro, a Super Casas Bahia abrirá as portas para o público. Instalada pelo sétimo ano consecutivo no Pavilhão do Anhembi, zona norte de São Paulo, a gigantesca loja sazonal do empresário Samuel Klein teve sua estreia em 2003 com um viés próximo dos "saldões". Hoje ela se transformou em atração de final de ano da cidade. Os investimentos na estratégia chegam a R$ 16 milhões. Às vésperas da abertura da Super Casas Bahia, a reportagem de Meio & Mensagem esteve no Anhembi, conferindo os preparativos.

A expectativa para este ano é receber um número total de visitantes parecido com o da edição anterior, que ultrapassou a marca de 1 milhão. Em 2008, em seu dia mais movimentado, a Super Loja recebeu aproximadamente 82 mil pessoas. Impressionante, mas ainda abaixo do recorde de 85 mil clientes que por lá passaram às vésperas do Natal de 2007.

O número de pessoas circulando no local é monitorado por diversas catracas, com um controle feito de hora em hora. A equipe de segurança envolve 350 profissionais, e a de limpeza, 300. Tradicionalmente, a data mais concorrida costuma ser o sábado anterior ao dia 25, quando o horário do estabelecimento "vira" e se estende por toda a noite
e a madrugada.

"Quantas pessoas entram em um estádio de futebol em dias de grandes jogos? Sessenta, oitenta mil? Nós recebemos uma final de campeonato brasileiro por dia", compara Andréa Galasso, diretora geral do Banco de Eventos, responsável por toda a infraestrutura (incluindo a cenografia), a organização operacional e os serviços e atrações da Super Loja. A empresa realiza o evento desde 2006, quando ganhou uma concorrência com outras 12 agências.

A área construída, de 57 mil m², acolhe todos os fornecedores tradicionais das Casas Bahia, cada um com seu estande, divididos em seis grandes seções, batizadas de "mundos", com cores e padrões de comunicação visual próprios. São eles: Som e Imagem (5 expositores), Eletrodomésticos (15 expositores), Telefonia e Informática (5 expositores), Eletroportáteis (14 expositores), Móveis e Colchões (5 expositores) e Brinquedos (19 expositores). Segundo as Casas Bahia, o mix de produtos dispostos nas glebas da loja e no depósito, de 3,2 mil m2, será o mais completo do varejo brasileiro.

Completam a divisão do espaço parceiros de oportunidade (7 expositores, na Super Galeria), restaurantes, cafés e lanchonetes (30 expositores, em duas praças de alimentação), dois postos médicos, uma grande área de backstage (para a administração do evento), a estação Amigos do Planeta (com oficinas de materiais recicláveis) e o teatro anexo (com capacidade para 1,5 mil pessoas), palco dos shows especiais - neste ano, será um musical natalino. No ano passado, mais de 300 mil ingressos foram trocados pelos clientes interessados em assistir aos espetáculos.

Próximo a tudo, em uma posição estratégica, fica a Central de Crediário, concebida pelos organizadores para ser o "coração" da loja. Porque essa colossal estrutura é toda voltada para um grande objetivo: vender, vender e vender. Serão 837 vendedores, com a meta conjunta de faturar R$ 70 milhões em 28 dias de funcionamento. A cifra é menor do que a receita final da Super Loja em 2008, que alcançou R$ 80 milhões, mas em 40 dias de evento. O valor corresponde a 0,57% do faturamento da empresa no ano passado, que foi de R$ 13,9 bilhões.

"No ano passado, abrimos a loja com medo. Estávamos no meio da crise. Neste ano há um momento inverso, em que as pessoas estão confiantes, dispostas", avalia Andréa, sobre as perspectivas de vendas. TVs de LCD, artigos de informática e produtos de linha branca que continuam beneficiados pela redução do IPI devem ser os principais responsáveis pelo movimento frenético das caixas registradoras.

Segundo pesquisa feita com os visitantes em 2008, 98% dos consumidores que passaram pelo local pertenciam às classes A, B e C, com uma renda mensal superior a R$ 2,5 mil. A média de idade dos visitantes foi de 33 anos. As mulheres eram maioria absoluta: 62% dos clientes era do sexo feminino.

Cada uma das divisões terá em seus arredores uma atração de lazer, unidas por um tema universal. O deste ano segue o conceito de um parque de diversões. Os principais destaques são uma roda gigante, um carrossel e um barco viking.

Também há uma série de serviços para crianças menores, como o setor de fraldas, o empréstimo de carrinhos de bebês e a seção de recreação infantil. Nela, os pequenos podem ficar por até quatro horas e os pais recebem um bip pelo qual são acionados em qualquer urgência.

"As atrações e os serviços são pensados para famílias com crianças de até 12 anos. É um programa familiar", diz a diretora do Banco de Eventos, antes de ressaltar sua aposta para o programa mais concorrido do espaço. "Todo ano é a visita ao Papai Noel, não importa quais sejam as outras atrações", diverte-se. A Disney não será um dos atrativos neste ano - a parceria não foi renovada.

Fonte: Meio e Mensagem

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