Negócios olímpicos

O setor de construção civil é um dos principais beneficiários da realização da Copa, em 2014, e das Olimpíadas, em 2016, no Brasil. Só os jogos olímpicos consumirão investimentos de R$ 23 bilhões em instalações esportivas, acomodações, transporte, infraestrutura da cidade, entre outros. Essa quantia refere-se apenas aos investimentos públicos, sem contar o setor privado - a estimativa é que somente o mercado hoteleiro desembolse mais R$ 1 bilhão.

Dentre os alvos desse aporte de capital estão, prioritariamente, o sistema de transporte e a infraestrutura da cidade, que receberão mais de R$ 8,75 bilhões, com previsão de conclusão de todas essas intervenções até 2015. As obras preveem a construção de um anel de transporte de alta capacidade, que compreenderá um sistema renovado de trens, linha de metrôs reformada e três novos sistemas de BRT (Bus Rapid Transit) - ônibus rápido de alta capacidade. Essa rede terá integração em diversas estações, e irá conectar todas as quatro zonas dos jogos (Barra, Deodoro, Maracanã e Copacabana) a áreas-chave da cidade. Os projetos serão de responsabilidade dos três níveis de governo.

A porta de entrada da cidade sede dos jogos, o Porto do Rio - que já está sendo revitalizado, também terá atenção especial. A capacidade de recebimento de passageiros por dia será ampliada e serão realizadas melhorias estruturais e nas instalações para os navios de cruzeiro. Cerca de R$ 374 milhões estão previstos para obras do entorno da zona portuária. No Aeroporto Internacional Antonio Carlos Jobim, o investimento de R$ 1,15 bilhão será destinado à reforma dos dois terminais, que atingirão a capacidade de 25 milhões de passageiros por ano até 2014.

O aquecimento na construção civil no Rio pode gerar cerca de 65 mil empregos diretos. Os dados são da Fundação Getúlio Vargas, que fez uma pesquisa encomendada a pedido do COB. Porém, Roberto Kauffmann, presidente do Sinduscon-RJ (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Rio de Janeiro), é mais otimista. Segundo ele, serão 100 mil novos empregos. "Ainda não chegamos à fase prática, de início das obras, contratações", diz Kauffmann.

Fonte: Construção Mercado

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