Construção civil deve criar 180 mil empregos em 2010

O emprego na construção civil deve crescer 8% em 2010. Isso significa que serão criadas 180 mil vagas com carteira assinada em todo Brasil, 52 mil delas no Estado de São Paulo. Assim, o setor encerrará o ano que vem com mais 2,4 milhões de trabalhadores contratados, 700 mil atuando nas obras paulistas, estima o Sindicato das Indústrias da Construção Civil (Sinduscon-SP).

“O crescimento da construção em 2010 será comandado pela ampliação dos investimentos públicos e privados”, afirma o presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe. As obras do PAC, o programa governamental ‘Minha Casa, Minha Vida’, a construção de infraestrutura para o País sediar a Copa do Mundo em 2014 e, principalmente, a perspectiva de expansão do mercado imobiliário garantirão um bom ano para os trabalhadores do setor.

Melhor até que 2009. O emprego no ramo foi um dos mais atingidos pela crise, mas também um dos primeiros a reagir. Numa demonstração de força, bateu recorde na criação de vagas: 212 mil pessoas foram contratadas nos primeiros nove meses do ano. O número de trabalhadores que atuam hoje na construção civil (2.296.899) nunca foi tão alto. Por tudo isso, a projeção de crescimento de 8% para 2010 pode até ser considerada tímida.

“Eu acho que podemos superar essa estimativa”, avalia Antonio Ramalho, presidente do sindicato dos trabalhadores da categoria (Sintracon-SP). “Haverá vagas para todo tipo de profissional, do pedreiro ao engenheiro, porque a cadeia toda vai se movimentar.”

A maior parte dos funcionários do setor trabalha mesmo nas obras (veja ao lado). São pedreiros, serventes, ajudantes. “A procura por esses profissionais vai continuar alta, com bons salários e oportunidades de crescimento”, indica Ramalho. Mas a verdadeira disputa das empresas deve se dar, principalmente, por engenheiros e outros profissionais que atuam especialmente na área de incorporação e na elaboração de projetos.

SALÁRIO PÓS-CRISE É MAIS BAIXO - Porém, embora precisem desses profissionais qualificados, as empresas não parecem dispostas a oferecer remunerações tão altas quanto as pagas antes da crise. “Aquela história de ‘salário milionário’ para engenheiro acabou, pelo menos por enquanto”, declara Ramalho.

O sindicalista explica que quando a crise restringiu a oferta de crédito e prejudicou as construtoras, forçando demissões no setor, as empresas optaram por concentrar os cortes no “pessoal do escritório”. Afinal, eles tinham os salários mais altos. Agora, as construtoras precisam recontratar esse pessoal para dar conta dos novos projetos. Mas nesta fase de recuperação da economia, a oferta salarial ainda não voltou aos patamares pré-crise. “Já estamos sentindo falta de mão de obra qualificada no mercado, mas por enquanto as empresas ainda estão conseguindo contratar sem precisar fazer aquelas ofertas milionárias”, atesta Ramalho.

Fonte: Zap Imóveis e Jornal da Tarde

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