
Cresce uso do FGTS na habitação
O número de saques que os mutuários têm feito do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) só cresceu nos últimos quatro anos. Em 2005, R$ 312 milhões saíram das contas do Fundo para amortizar ou quitar o financiamento da casa própria. No ano passado, o volume mais que dobrou: R$ 639 milhões. Até julho deste ano, já foram retirados R$ 482 milhões, o que projeta saques em torno de R$ 800 milhões até o fim do ano (156% mais).
O valor médio de retirada por mutuário foi de R$ 6 mil, segundo dados da Caixa Econômica Federal, gestora do FGTS. Seja para abater, liquidar a dívida ou para pagar parte das prestações, as retiradas com essas finalidades dispararam de quatro anos para cá.
O valor para pagar parte das prestações também cresceu. Foram 63% de acréscimo só nos últimos três anos, passando de R$ 59 milhões, em 2005, para R$ 96 milhões em 2008. Para este ano, a estimativa é de R$ 140 milhões, 137% mais que há quatro anos.
Para o economista Luiz de Almeida Vaz, quando o mutuário tem um financiamento habitacional, sempre vale a pena sacar o dinheiro da conta do Fundo de Garantia.
“Nunca se deve deixar o saldo lá parado porque os juros do empréstimo são bem mais altos que o rendimento do Fundo, que tem juros de 3% ao ano, mais correção pela TR. A taxa de um financiamento varia de 5% a 12% ao ano mais TR e seguros”, explica Almeida Vaz.
O aumento de saques para abater prestação ou saldar a dívida foi maior do que o para cobrir a entrada ou reduzir o valor financiado no momento da compra, que cresceu 43% entre 2005 e 2008 (R$ 2,8 bilhões). Em 2009, a previsão é chegar à casa dos R$ 4 bilhões.
Nesse tipo de retirada, o valor médio variou de R$ 8.600 a R$ 9.300 por trabalhador nos últimos dois anos.
Saques referentes à aposentadoria e a demissão também foram divulgados. Em São Paulo, em 2004, foram feitos 237.879 saques (R$ 800,9 milhões). Em 2009, esse número pulou para 796.719 saques (R$ 1,6 bilhão). Já nos casos de demissão, os dados do estado são de 3,36 milhões de retiradas em 2004 (R$ 6,1 bilhões), contra 3,20 milhões (R$ 7,8 bilhões) neste ano.
Fonte: Zap Imóveis e Diário de São Paulo
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