Dossiê mercado residencial alto-padrão

Apesar de o mercado imobiliário estar no momento voltado ao segmento econômico, que está a todo vapor com as novas medidas do governo, os imóveis de luxo não perderam seu espaço. Empreendimentos com intenso ritmo de vendas espalhados em cada canto do país provam que, apesar do déficit estar no segmento econômico, o mercado de luxo sempre terá clientes.

Apresentamos neste dossiê a movimentação do mercado do alto-padrão de cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Manaus, Recife, Florianópolis, Porto Alegre e Curitiba, mostrando que há público para este tipo de imóvel em todo Brasil, cada região com suas particularidades. Entre mercados de alto-padrão super aquecidos, como Brasília, por exemplo, ou cidades que sentiram uma breve retração, a localização, o preço e principalmente os projetos são a base de um empreendimento e devem ser pensados de forma voltada a esse público especial, que exige muito mais cuidado aos detalhes, funcionalidade e inovações. É o que dizem imobiliárias, incorporadores, construtores e renomados arquitetos e paisagistas.

Geralmente, o mercado de alto-padrão é um dos primeiros a parar em tempos de crise, já que seu público-alvo possui uma boa moradia e não necessita daquele imóvel. "O consumidor do alto-padrão é mais suscetível ao noticiário. Em todos os momentos de crise, não se vende apartamentos na planta, pois a pessoa posterga a decisão. No entanto, esse público é investidor e procura um alto-padrão como reserva de valor", diz Luiz Rogélio Tolosa, diretor executivo de Relações Institucionais da Brookfield (ex Brascan).

O diretor de Incorporação em São Paulo da Brookfield, Ricardo Laham, também afirma que este público sabe o momento certo de investir e busca a melhor oportunidade. "Esse cliente tem a perfeita noção do momento de investir. O comprador de alto-padrão, diferentemente da maioria dos clientes, independente de crise ou de qualquer intempérie da economia, sempre teve o discernimento de saber o momento certo de adquirir um imóvel ou de mudar sua posição de investimentos. Ele nunca se envolve na euforia de lançamentos do mercado imobiliário, enfim, é um cliente que já tem um conceito em relação à moradia bem definido". Renato Genioli Júnior,diretor de Construção da R. Yazbek, notou uma retração natural."E especialmente no comprador de médio alto-padrão. O perfil do consumidor desse tipo de imóvel é o executivo de uma empresa de porte médio/grande, de uma multinacional ou um pequeno comerciante, industrial e até grandes executivos. Desde setembro para cá, há uma insegurança".
A definição de alto-padrão é muito relativa. Alguns conceitos têm sido modificados e cada empresa classifica os empreendimentos classe A de uma maneira. Pequenas residências se enquadram neste segmento que não é mais somente representado por extensos espaços. "Existem pessoas de alto poder aquisitivo que não querem mais morar em apartamentos grandes. Isso acontece porque dá muito trabalho. O alto-padrão, na minha visão, está ligado a serviços. As pessoas querem ter mais tempo livre. E, hoje, tempo é luxo", avalia o paisagista Benedito Abbud.

A partir de 150m², a maior parte dos incorporadores, construtores e intermediadoras classifica como produto de luxo. A localização, acabamento e projeto diferenciados é que agregam valor. "O alto-padrão pode ser um apartamento de um dormitório, que está superbem localizado, que tem um projeto bem ajustado, atual, moderno, com muita tecnologia e um padrão de acabamento adequado. E hoje se tem muitas pessoas de alta renda que moram sozinhas e não querem um apartamento de quatro suítes com 400m². Querem um apartamento bacana, bem localizado de 80 ou 120m². Não é só pelo tamanho ou pelo número de suítes, vagas de garagem, mas pelo padrão de construção, de acabamento, de projeto e localização, principalmente", cita Renato Genioli Junior, diretor de Construção da R. Yazbek. "Normalmente, quando se trabalha com locais muito nobres, os valores já são elevados, e o consumidor está adquirindo este produto por mensurabilidade. Aquilo que remete a satisfazer um desejo, não só de consumo, de status, mas do que se quer para a própria vida. Normalmente o preço não é importante no mercado de luxo, pois as outras prioridades são mais importantes, como a localização, a qualidade do projeto e credibilidade da empresa construtora", aponta Elbio Fernandez Mera, presidente da Fernandez Mera Negócios Imobiliários.

Leia o Dossiê completo aqui.

Fonte: Vida Imobiliária e ADEMI-RJ.

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