Avaliado em US$ 1 bi, Twitter enfrenta desafios

A questão sobre o Twitter era se a rede social era um negócio. Agora, questiona-se o quão grande esse negócio pode se tornar. O CEO Evan Williams confirmou na semana passada que o serviço de microblogging recebeu novos investimentos, chegando a US$ 100 milhões, o que avalia a empresa em US$ 1 bilhão. Dentre seus investidores estão Spark Capital, Benchmark Capital, Institutional Venture Partners, T. Rowe Price e Insight Venture Partners.

Agora, eles esperam um crescimento exponencial das receitas publicitárias do Twitter, que ainda precisa faturar seus primeiros dólares, e em um mercado congelado. "Penso que eles podem construir algum tipo de negócio de publicidade, mas a questão mais importante é se eles poderão construir um negócio que valha mais de US$ 1 bilhão", analisa Warren Lee, da Canaan Partners.

A infusão de dinheiro coloca pressão no Twitter para faturar seus primeiros US$ 100 milhões nos próximos dois anos. E deve-se contar que a rede social é diferente de Facebook, Google, AOL e Netscape. "Ele é o primeiro fenômeno que não é um destino, mas um serviço de distribuição. Não há um precedente para ganhar dinheiro com algo do tipo", afirma Seth Goldstein, CEO da SocialMedia.

Os anunciantes já usam o Twitter para se comunicar com seus fãs, assim como fazem com o Facebook, e não precisam pagar nada para ter seguidores. O contato direto é considerado valioso. Mas será que é valioso para o Twitter também?

Com o investimento ocorre também a expectativa de receitas correspondentes e, embora serviços corporativos e análises sejam mercados interessantes, é a publicidade que dará escala ao negócio. Por isso, é inevitável que o Twitter entre neste ramo, embora seu co-fundador Biz Stone diga que não há planos para que isto ocorra até o final deste ano.

Para Michael Lazerow, CEO da Buddy Media, o que é interessante no Twitter é que se trata de uma das poucas plataformas que permite conversa dos dois lados. Mas será que é um negócio de US$ 1 bilhão?

O Twitter pode obter receitas desde já, mas não está na estrada para isso. Observadores apontaram que a rede não começou a rodar anúncios contextuais nos tweets, como o Google faz. Ele poderia colocar publicidade baseada no conteúdo dos tweets, combinado com o que a rede sabe sobre o usuário, com dados do perfil.

O problema é que cada vez mais usuários acessam o Twitter por aplicativos como TweetDeck e Tweetie, que não são da rede e cujos serviços necessitam de um modelo de negócio e podem incluir publicidade.

De seu lado, o Twitter assiste a estratégias de sucesso de Pepsi, Dell e Jetblue, que utilizaram o serviço para se conectar com fãs.

O dinheiro permitiria ao Twitter fazer algumas aquisições, como a do encurtador de URL´s Bit.ly, além de empresas que criam aplicativos e painéis de controle para gerenciar o Twitter em corporações.

Com avaliação em US$ 1 bilhão, os investidores do Twitter acreditam nos seguintes caminhos: um IPO (abertura de capital na bolsa) ou aquisição. Até este momento, a empresa já recusou propostas de Facebook, Google e Microsoft.

Fonte: Advertising Age e Meio e Mensagem

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