Sustentável, como deve ser

Inovação e criatividade para melhorar a qualidade de vida do planeta. Isso é, em síntese, sustentabilidade. E para que uma casa seja construída com base nesse conceito, deve apresentar economia de energia e água, conforto ambiental, reciclagem e reúso de materiais e salubridade – uso de materiais com baixos índices de compostos orgânicos voláteis.

Segundo Paola Figueiredo, diretora do Grupo Sutentax (responsável por projetos de empreendimentos verdes como a agência do banco Real da Granja Viana, em Cotia, e a loja verde Pão de Açúcar), muitos arquitetos e decoradores ainda não sabem o que significa sustentabilidade, apesar de o tema ser cada vez mais usado.

“Muito do que se viu na Casa Cor 2009 foi a percepção individual de cada profissional sobre o assunto, como quadro de paisagens naturais e plantas no ambiente”, diz ela, contratada como parceira da Casa Cor este ano para a orientação dos requisitos e critérios de sustentabilidade nas 14 mostras promovidas pelo País.


Apesar do pouco conhecimento sobre o tema, a procura por projetos sustentáveis tem crescido – e os futuros profissionais da arquitetura e do design já se interessam pelo assunto. É o que conta a professora de design da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP Maria Cecilia Loschiavo dos Santos, que atua na área de sustentabilidade. “Há 40 anos os jovens estavam organizando Woodstock; hoje estão preocupados com a finitude dos recursos naturais”, afirma. “Há vontade de contribuir com o meio ambiente.”
De acordo com Maria Cecilia, a discussão sobre sustentabilidade está em todas as áreas – da economia à cultura. A arquitetura e a decoração não ficam de fora. Tanto que a 8ª Bienal de Arquitetura, que começa em 31 de outubro, no Pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera, dará ênfase a projetos sustentáveis, por exemplo, de moradia para baixa renda.

Rosana Ferrari, supervisora geral da Bienal e presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil de São Paulo (IAB-SP), diz que o objetivo é “democratizar o conhecimento” sobre o tema. “O termo sustentabilidade sofre críticas, como se fosse uma coisa pejorativa, mas é importante que o arquiteto incorpore essas questões”, afirma.


Fonte: Zap Imóveis e O Estado de S. Paulo

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