NAT discute sustentabilidade no setor imobiliário


O Núcleo de Altos Temas (NAT), fórum de discussões que debate temas de relevância para o País, reuniu o físico e professor da Universidade de São Paulo (USP) José Goldemberg e o desembargador José Renato Nalini. Ambos falaram sobre sustentabilidade.

Ex-secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, Goldemberg disse que nunca no mundo tanta gente teve acesso ao que ele chama de “amenidades da civilização”, isto é, água, esgoto e eletricidade. O maior problema, conforme o professor, é que hoje a população obtém energia de fontes não renováveis, baseadas no gás natural, combustível fóssil e carvão.

“Há exaustão de reservas, dificuldade de acesso por causa de fatores geopolíticos e, para piorar, os combustíveis fósseis geram poluição.”







O professor reconheceu que há avanços rumo a energias renováveis, mas defendeu soluções imediatas para barrar energias poluidoras. Ele contou que, devido a dificuldades para obtenção de licenças ambientais, o governo tem se voltado para as usinas térmicas, bem mais poluidoras.
Projeções oficiais indicam que esse tipo de energia, responsável atualmente por 15% da matriz energética, deve responder por 25% em 2017.De acordo com Goldemberg, é preciso que os empresários do setor imobiliário pensem em soluções que usem energias sustentáveis, como coletores solares.

“Se não seguirem esse caminho, não haverá energia para 1 milhão de casas que serão construídas.”

O desembargador José Renato Nalini, também presidente da Câmara Especial do Meio Ambiente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, defendeu que o empresário da construção civil tenha uma participação mais ativa na definição de políticas públicas. Segundo ele, a falta de planejamento acarreta falta de saneamento básico e de moradia e isso gera insegurança, fome, etc. Institucionalmente, Nalini acha interessante que o Secovi-SP crie concursos para descobrir boas práticas ambientais ou produtos ecologicamente corretos.

Fonte: Secovi-SP

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